Já vive a vida do
sertão
A dura sorte,
Onde a morte enfrenta
a vida
E a vida enfrenta a
morte
Tendo minhas mãos
calejadas
Corpo arrastando ao
chão
Alvorada sempre vejo
Orvalho molhar o chão
Passarada no arvoredo
Canto que me faz
pesar
Pensar da vida e
morte
Luta brava de titãs
Sou eu nesta estrada
poeira
Moribundo coração
No palco duro da lida
Navego meu mar sem
fim
Vou em nau desses
sonhos
Sonhar por dias que
podem vir...
Já vive do sertão
A dura sorte
Onde já venci a vida
Onde já vive a morte.
Leonardo de Souza Dutra