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quinta-feira, 13 de junho de 2013

TE DESEJO




          






              TE DESEJO

Esta alma se encontra perdida hoje no tempo,
No desencontro do tempo de te encontrar.
E vivendo de sua verdade
Amargando os desejos de sua vaidade
Vens assim solidão afugentar.

Quero reviver minha doce luta
Do teu beijo a me beijar,
Descrevendo seus valores
Tantas forças
Fervores...
E assim,
Diante desse tempo findo,
Vou multiplicando meus momentos
Na canção de te cantar.

E se me encantas
Rogo intensamente este mantra,
De ter teus lábios a me molhar.

E desse calor meu louco coração
Vai cantando baixinho,
Olhando assim os teus olhinhos
Fica aqui neste cantinho
E mata essa minha sede de sozinho ficar.

Você chegou assim
Foi se instalando na minha alma,
Na minha poesia,
No meu ser.
E devagarzinho foi marcando teu caminho
Nos teus passos a me embalar.

E em doces pinceladas
Em cada letra marcada
Foi escrevendo este livro de encartar
Que de cada página grafada
Uma história apaixonada
De tua paixão pelo poeta a poetar.

De grandes sonhos, sonhados.
Seja no sorrir,
No beijar
No olhar.
Olhando-te intensamente
Você se tornou assim
Esse meu cantinho da montanha
Que me faz no horizonte avistar o mar.

                                                    Leonardo de Souza Dutra

quarta-feira, 12 de junho de 2013

TATUAGEM


                           











          
                            TATUAGEM

                    Teus lábios aquele instante
                    No copo a sorrir
                    De rubra imagem por miragem
                    Se fez
                    D'uma pequena parte tua,
                    Deixara imaginar
                    Vendo-a luzir
                    Antes um ar molhado
                    Ficaram ali tatuados e quietos
                    Semidiáfanos
                    Com a impressão e docilidade
                    Das mãos
                    Que o levara a se manchar
                    Não mais imagem copo
                    Apenas lábios a pronunciar
                    Teu silêncio.


Leonardo de Souza Dutra

segunda-feira, 10 de junho de 2013

TEUS OLHOS VERDES



                          

               TEUS VERDES OLHOS


         Eu poderia te chamar Esmeralda
         Poderia até chamar-te diferente
         Mas a cor que teu olhar me traz
         Me atrai a não imaginar outro nome além do teu.

             Não são apenas olhos
             São como molhos que do campo o lavrador os toma.
             E em suas mãos tem o sentido cármico da vida
             Refletindo na docilidade que os separa.

                 Um rasgado, marcado pelo tempo.
                 Outro sedento, faminto
                 Marcado nas mãos,
                 Mas ambos felizes
                 Um por ser alimento, outro por alimentar-se.

                      E teus olhos, teus olhares, teus ares
                      Me marcam o passar
                      Se marco no canto do meu tua presença
                      É porque já os tive antes...


Leonardo de Souza Dutra