Quando em acalanto surgir teu olhar
E na brisa morna estiver
Estendido meu corpo,
Sangrarei.
Em te ver passar por sobre mim
Que como sombra dessa imagem nua
Aquele que em rubra imagem se desfez
Voltará à vida.
Mesmo que na distância
Esse teu meigo olhar transformara
Em apenas um estender de mãos,
Não haverá lágrimas, pois elas
Por ti foram levadas.
Mas se estendido sobre pedras
Encontrar-se meu corpo
E nesta árida melancolia
For tragado pelo ocultar de teus olhos
Deixarei imolar como Prometeu
Acorrentado ao teu destino pedra.
E já sem poder formar sonho
Sonharei e me farei assim
No encanto de poder encantar esse povir.
E se um dia voltar teu olhar
Ressurgirei...
Em riso