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sábado, 12 de janeiro de 2013

MINHA MASMORRA













      MINHA MASMORRA


Não quero viver assim em olhos aflitos
Preciso sonhar
O teu sonho infinito,
Pois sempre hei
De sonhar um sonho perdido.

E que este desejo maldito
Me leve ao suplício
Das masmorras de meus gritos
Preciso sonhar esse sonho desdito.

E que dele me veja bendito
Do dizer o que você nunca teve a coragem
De dizer o que não houvera dito
Terei sim que sonhar
Um sonho perdido
Mas que nunca desistido.


Leonardo de Souza Dutra

SOBRE A PEDRA FRIA









SOBRE A PEDRA FRIA

Quero debruçar-me
Sobre a rude Pedra Fria
Que embrutece o corpo
Desgastando a alma
Fazendo árido coração.

Fazê-la rolar
Por todo espaço pretendido
Que tinge a razão humana
Acorrentada a este ser que rasteja.

Faze-me de Diógenes o desejo
De em s'iluminar
Como lanterna da sabedoria
Afugentando a pedra fria
Desse corpo gélido
Que agora agonia.

Leonardo de Souza Dutra

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Momentos


    








                   Momentos

Vou me lembrar
De todos os momentos que nunca tivemos
Que mesmo  embebido de desejos
Não puderam ser encontrados
E loucamente me foram de você.
        
      Mas que sempre estivera aqui
      Bem dentro dos meus pensares
      E de muitos pesares
      Chorarei tristemente.

             Lembrarei de você
             Pois os loucos momentos não vividos
             Serão sempre assim
             Um desejo de ter-te
             Naqueles momentos que não vivemos.



Leonardo de Souza Dutra

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Meu cantar


      







          Meu cantar

Tenho na mão um pássaro
Que preso canta sua lamentação.
De homens sem alma,
Que ferem na terra
Até mesmo a mais bela emoção,
Do canto de um pássaro preso
Que canta seu canto vão.



Leonardo de Souza Dutra