Onde
a estrada não tem rumo
Onde
o rumo é sempre a morte
Onde
nasce a fome vida
Onde
vive a dura sorte.
Onde
canta em revoada
Acauã
agouro negro no sertão
Se
não chove terra seca
Seca
a vida a visão.
Que
de longe já não mira
Esperança
solidão
É
a sorte dessa lida
Lida
dura mansidão
Morre
homem, morre gado
Morre
a morte vastidão
Sina
triste teu legado
Dessa
morte sem perdão.
Leonardo
de Souza Dutra