Páginas

segunda-feira, 10 de abril de 2023

MARIPOSA

 

        

                  MARIPOSA

               Que por luz assombrada

               Não sobrevive

               Na ânsia de querer

               S'aquentar.

               É morte que enceta

               MARIPOSA

               No sem brilho do bailar

               É mais um rito

               Que sem mito

               Da luz a afagar...

               Se sem noite,

               Se sem luz,

               Se sem aplausos.

               Queda ao abalo do embalo

               Da louca luz a se jogar.

               E baila rumo ao certo

               Do último rodopio

               Tomba a MARIPOSA

               Queimada apenas por um fio  

 

               Leonardo de Souza Dutra

O RECIFE É ASSIM


O RECIFE É ASSIM 

O Recife é assim:

Tem as cores,

Os encantos

De uma brisa suave que sopra

E vem sussurrando

Todos os amores

Meus rumores

Noites em solidão.

E quando em olhos buliçosos

Que se movem a te provocar

São como tuas águas

Serpeando tuas margens

Ondulantes rumo ao mar.

És o sol de cada manhã

Inebriando outros olhares

Que debruçados em tuas paisagens

Se vão a imaginar.

E tu vais movendo teus ares

Diante de todos os altares

Criando em cada esquina

A intenção de te venerar.

E assim vamos te imaginando, Recife

Esse desejo de abraçar 

 

Leonardo de Souza Dutra