CORPO
Sobre o teu corpo nu
A lânguida língua desliza soada,
E na balada alucinada
Vai-se ao teu desnudo apelo.
Tendo em cada curva teus pêlos
Meu desejo de buscar,
Que dessa procura desvairada
Enlace-me a tua na minha
Seja como pano ao mastro tremular
Quando atirado vago tempo
Deleitando-se desajeitado
Ao alento do sopro
Quando mar.
Sobre ele, teu corpo desataviado
Estendo os meus olhos como manto
Envolvendo-o
Vendo-te como sempre vi.
De súplicas vou morrer
Para acordar no teu corpo nu.
Leonardo de Souza Dutra
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