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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

CORPO



 

        






         CORPO

Sobre o teu peito nu
A lânguida língua desliza suada,
E na balada alucinada
Se vai ao teu desnudo apelo.
Tendo em cada curva teus pêlos
Meu desejo de buscar,
Que dessa procura desvairada
Me enlaces
Seja como pano ao mastro tremular
Quando atirado vago tempo
Deleitando-se desajeitado ao alento do sopro
Quando mar.
Sobre ele, teu peito nu
Estendo os meus olhos como manto
Te envolvendo
Vendo esses como sempre os vi.
De suplicas vou morrer
Para acordar em teus seios nus.

Leonardo de Souza Dutra

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