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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

POETA ESQUECIDO



 


  






 POETA ESQUECIDO

Sou apenas um tímido poeta
Que retrata a vida que lhe vê
E no pálido inerte papel
Vai desenhando a rima
Nos versos desvairados
Do beijo que tua boca me deu
Que se inflama do verso vertido
Do sabor louco esquecido
Que tua língua teceu
E papel em lodo e lama
Rasga, chora e clama
Todos os poemas que ainda não escreveu
E o poeta louco e tímido
Diante do pálido olhar
Desse papel que a vida lhe deu
Faz do verso sua arma
Do beijo que beija a amada
Aquela que o esqueceu.

Leonardo de Souza Dutra


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