Páginas

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O SOL QUE N’ÁGUA SERPENTEIA


O SOL














O SOL QUE SERPENTEIA 

O sol que n’água serpenteia
Fingida imagem, olhos meus
De tê-la já não chama
Apaga na tona a mão que te tonteia.

É breve o sopro qu’ela inunda
Na tona fugida mão se vai
Que n’água imagem serpenteia
Do claro a clara traz.

Da imagem que em cristal se ondeia
Odeia por de ela não tocar
Longo laço infindo marco
De vê-la fluir molhado olhar.

Sopro, olhar, molhado chão
Da mão, da voz...

Sou só n’água olhos meus
Fingida imagem serpenteia.

Leonardo de Souza Dutra

Nenhum comentário:

Postar um comentário