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sábado, 10 de setembro de 2011

QUEM SE FOI SEM DEIXAR SAUDADE


Resumo:
Mors omnia solvit.

A natureza humana se mostra frágil ante a supremacia da morte, mas esta de fato nada destói, é tão evidente que não obstante a descontinuidade da vida a própria vida continua. Pois a morte é a renovação. A morte nada destrói do que é matéria, nem do que é espírito. (Dutra)

QUEM SE FOI SEM DEIXAR SAUDADE

          Deixei nesse instante a vida...
          Devagou nos pensamentos, se é que ainda
          Existia tal princípio
          
          Deixou a vida ...
          Refletiram todos como que por encanto
          Deveria deixar a vida
          Ou a vida o deixara?
          Havia agora dúvida.
          Desejou retornar para poder explicar...
          Mas aquela vela que iluminava seu caminho
          O impedia de voltar.
          Voltaria em alguma reunião de amigos?
          Se é que houvera amigos,
          E será que lembrariam dele ainda
          Pouco tempo depois de sua ida.
          Uma secura na garganta de alguns
          Induzia a um gole após a cerimônia
          Para matar a saudade?
          Outra dúvida..., que negro pensar.
          Já distante do corpo e dos amigos
          Agora enfrentaria seu julgamento
          Um livro, outro e mais outros
          Incontável, saberíamos após uma breve visita.
          E agora que destino seria destinado
          Ao que já não mais.
          Houve uma festa lá e cá
          Por saber que aquele voltaria para cá
          E por não saber que não o encontraríamos lá.
          Um brinde!

Leonardo de Souza Dutra




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