AUSENTE
AMOR
Sou estranho
Sou ausente
Quando doudo no presente
Desses laços a me cercar.
Sou deserto
E não entendo
Estendido
Ao longe grito
Dos teus lábios a borbulhar.
Sou fumaça
Desse fogo que passa
Rumo ao nada devastar.
Sou estranho
Sou ausente
Por deserto a navegar
Sou a graça
Sou fumaça
Sem o fogo do teu olhar.
Leonardo de Souza Dutra
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