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domingo, 27 de novembro de 2011

RUGAS


 


               







                    RUGAS

Quero de velhice me arrebentar
E me arrebatar nos meus mais de noventa
Ficar tão amassado
Como papel amarrotado
Num cesto qualquer.

Quero de velhice
Enlouquecer meu geriatra
Que por trás daquela bata
Se debata por entender,
E que o neto de meu neto
Ainda me chame de amigo
Assim que vou ficar. 


Leonardo de Souza Dutra

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