Quando em
acalanto
Surgir teu olhar
Na brisa
morna estiver
Estendido meu corpo,
Sangrarei.
E teu
olhar passar
Como
sombra de imagem tua
Aquele que
em rubra imagem se desfez
Voltará à
vida.
Se houver
distância
O teu meigo
olhar transformará
Apenas um estender de mãos,
Não haverá
lágrimas, pois elas
Por ti
foram levadas.
Mas se estendido sobre
pedras
Encontrar-se
meu corpo
E nessa
árida melancolia
For tragado
pelo ocultar de teus olhos
Deixar-me-ei
imolar como Prometeu
Acorrentado
ao seu destino de pedra.
E já sem
poder formar meu sonho
Sonharei o
teu,
E me
farei assim
No encanto
de poder
Encantar
meu porvir.
E se um dia
voltar a ver teu olhar sobre o meu
Ressurgirei...
Farei dos
teus os meus
Quando o
teu olhar surgir outra vez.
Leonardo
de Souza Dutra
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