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sábado, 17 de setembro de 2011

ARCOVERDE DO SERTÃO






Trago no coração
O doce som da infância vivida,
Nas terras que de porteira
Vai se abrindo pro sertão.

Falo de ti meu Arcoverde
Se não emanas leite e mel
É só por uma questão geográfica.
Mas que do teu leite quente
Sangrado de peitos fatos
Dessedentei.

E  aquela pedra sobre pedra
Que moinho não movido pelos ventos
Mas por mãos calejadas
De uma velha matriarca,
Alimentava geração
Esse teu milho quebrado
Denominado xerém
Alimentava teus filhos
Desnudos, pés em contato com o chão.

E ante os trilhos do progresso
Rugir da ferrovia
Me sentia o dono do mundo a navegar.
Nos cascos daquele cavalo em ferro
Rodavas rumo ao progresso
Meu Arcoverde sem par.

Teu mirar rumo ao horizonte
Daquele colégio antiga falange
De cultos mestres a nos ensinar
Maestros de um tempo presente
Se foram hoje
E agora ausentes
Outros se vão continuar.

És assim meu VerdeArco
Que o sertão vai desabrochando
Aos que passam sem te olhar,
E essa artéria milagrosa
Como uma safena
Fizeram outro mar.

Desse que anda as margens
Dessa praia areia
Seca, sertão
Faz-nos sonhar.

E o teu nome que surge
No cenário
No canto
De um poeta
Que te quer
Encantar.

Leonardo de Souza Dutra





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