Trago no coração
O doce som da infância
vivida,
Nas terras que de
porteira
Vai se abrindo pro sertão.
Falo de ti meu Arcoverde
Se não emanas leite e mel
É só por uma questão
geográfica.
Mas que do teu leite
quente
Sangrado de peitos fatos
Dessedentei.
E aquela pedra sobre
pedra
Que moinho não movido
pelos ventos
Mas por mãos calejadas
De uma velha matriarca,
Alimentava geração
Esse teu milho quebrado
Denominado xerém
Alimentava teus filhos
Desnudos, pés em contato
com o chão.
E ante os trilhos do
progresso
Rugir da ferrovia
Me sentia o dono do
mundo a navegar.
Nos cascos daquele
cavalo em ferro
Rodavas rumo ao progresso
Meu Arcoverde sem par.
Teu mirar rumo ao
horizonte
Daquele colégio antiga
falange
De cultos mestres a nos
ensinar
Maestros de um tempo
presente
Se foram hoje
E agora ausentes
Outros se vão continuar.
És assim meu VerdeArco
Que o sertão vai
desabrochando
Aos que passam sem te
olhar,
E essa artéria milagrosa
Como uma safena
Fizeram outro mar.
Desse que anda as margens
Dessa praia areia
Seca, sertão
Faz-nos sonhar.
E o teu nome que surge
No cenário
No canto
De um poeta
Que te quer
Encantar.
Leonardo de Souza Dutra
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