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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

ESTÁTUA





ESTÁTUA

Tua imagem de pedra
Que se forma da greda
Breu e chão,
Quando assim insculpida
A mirar duro olhar
Solidão...
Esse teu hálito
Fétido de azedo odor
Que em abutre do templo
Seu tempo se transformou.
Em solidão “essa tua companheira”
Tens em tua imagem
Essa negra miragem
Cruel
 Em calcário se fez teu coração.
Já não bate o som harmônico do teu calor
Que em choro se transformou
Tecido pela tua imagem
De pedra
Áspera mão.


Leonardo de Souza Dutra

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