DANTE OS INFINDOS OLHOS TEUS
Nos buliçosos olhos teus
Da flôr ao encantamento,
Qu'alva encerr'aurora
Essa reflexo, aqueles luz.
Correm a bailar no pensamento
Donde tanto fulgor...
Para tão breve tê-los.
Há quem de eles queira morrer?
É inimaginável...
Se se morre de amor
Entregar-se ao crepitante
Imolo-me,
Dante esse infindo.
É o girar da maçaneta
Não encontrar respostas
A uma porta vazia,
É vago o meu nos teus
Quando buliçosos.
Metáfora do fulgor
Se é que para eles arroubo.
Áh! esses olhos...
Esferas... és fera rutilante
Par'eles teço-me
Temendo-lhes
Nos teus buliçosos olhos, teus.
Leonardo de Souza Dutra
Nenhum comentário:
Postar um comentário