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sábado, 26 de novembro de 2011

QUANDO INUNDAR OS MEUS OLHOS











QUANDO INUNDAR OS MEUS OLHOS


Quando um dia inundar os meus olhos
No teu adeus,
Vendo tua silhueta a se desfazer ao longo caminho
Sozinho neste ninho ficarei a contemplar
No sonho de meigos momentos
Desejando ardentes movimentos
Movendo a brisa
Salivando o mar.

E em cada mão estendida
Lançarei meu olhar pedinte
Na querência de te encontrar.
E se do retorno não tiver o eco
Não serei mais um louco no mundo
Pois mundo mudo estarei
No silêncio de tua ida.

                        Mas quando um dia inundar os meus olhos
                        De tua volta,
                        Serei o mesmo lugar
                        Aquele,
                        Estendido olhar na vaga
                        Que foi o teu partir.
                        Estarei ali quieto ao ver
                        Silhueta a se formar
                        Quando se formar em mim
                        O teu momento de voltar.


Leonardo de Souza Dutra

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