QUANDO
INUNDAR OS MEUS OLHOS
Quando um dia inundar os meus olhos
No teu adeus,
Vendo tua silhueta a se desfazer ao longo
caminho
Sozinho neste ninho ficarei a contemplar
No sonho de meigos momentos
Desejando ardentes movimentos
Movendo a brisa
Salivando o mar.
E em cada mão estendida
Lançarei meu olhar pedinte
Na querência de te encontrar.
E se do retorno não tiver o eco
Não serei mais um louco no mundo
Pois mundo mudo estarei
No silêncio de tua ida.
Mas
quando um dia inundar os meus olhos
De
tua volta,
Serei
o mesmo lugar
Aquele,
Estendido
olhar na vaga
Que
foi o teu partir.
Estarei
ali quieto ao ver
Silhueta
a se formar
Quando
se formar em mim
O
teu momento de voltar.
Leonardo de Souza Dutra
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