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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O ESPELHO


              











                                 O ESPELHO

Me dera a impressão que estavas a me olhar através do espelho,
E aqueles olhos refletindo a luz que sobre a penteadeira
Fazia-se espalhar sobre mim.
Fechei os meus por um instante...,
Para fugir,
Por deixar acreditar na realidade.
            E assim foram tomando forma impar
            Petrificado ficaram os meus
            Como quem teria sido destinado ao sacrifício,
            Foi-se-minh'alma.

Ficando a impressão que estavas a me olhar
E nela o desejo de ausentar-se
Calado permaneci, tendo a voz presa a garganta
Ouvi bem dentro o seu último gemido,
- Me parto na busca desse encontro,
                       
Se perdida...
            Quedo no desejo daquele brilho.
            Brilhara para mim nessa tua ida
            E nessa tua busca alma minha
            Não te demores, pois estarei aqui
            Novamente a ouvir teu gemido.
            Alma minha adeus!


Leonardo de Souza Dutra




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