ARGOS
Fazei-me
marinheiro dos teus mares
Anjo dos
teus altares,
Argonauta
nos teus encantos
Fazei do
mar esse meu manto que encobre
Quero
sucumbir ao sopro desses ares
Naufragar,
silenciar...
Me tecer
em terço, como constelação de preces
Queimar
incenso
Ser d’anjo
a candura, demônio na criatura
Quando
sente saudades de você.
Inflamar
meu ser ardente
Ao sopro
sudeste.
Encenar
nos teus mares
Cada
contorno dos teus detalhes
Quando
encontro-me a lembrar você.
Soprai o
sopro do teu pensar
Pois já
peregrino a tanto tempo
Que não
encontro mais alento,
Lamento
teu doce mar.
Se de anjo
na candura
Não me
encanta a doçura do pensar
Diabólico
meus olhares
Se a vejo,
seja nas formas: mares e amares.
Leonardo
de Souza Dutra
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