Te vejo Recife
Sou como o mar na arrebentação
Na aspereza da palavra tua.
Sou como água em cascata
Que em véu se forma a sombra nua
No silêncio de recifes
Do breu que tua imagem traz
Sou mar que em vagas vago
Quando em mim não encontrar
O tecer de teus remos a me retalhar
Se recuas...
Abalada ao balanço
Que por mar mo deu
É porque não sonhas ainda
Da brisa que te endoideceu.
Sou como mar na arrebentação
Não calo quieto, uivo
Que importa se me cospes
É saliva que virá ser sal
Mar porção
Sou assim não calo quieto.
Sou mar na arrebentação
Teu promontório me avista
Longe lá, bem longe
Mas aqui aos teus pés esbravejo
Teu nome
Na arrebentação.
Leonardo
de Souza Dutra
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