Teu nome no Passado
Ontem conjuguei teu nome
no Passado,
Pois o meu Presente
sempre foi desejar tê-lo distante
E lembrar em cada sono
A sonoridade de tua
necessidade de querer mais e mais a mim.
Ontem relembrei,
Relembrei o meu passado
junto a ti
Me foi tão presente
que agora já nem ligo mais
Se estais no passado
ou se sobrevives no presente.
Por mais de uma vez pronunciei teu nome
Para esquecer o Passado
E assim sem lembrar o
que realmente poderia ter acontecido
Desejo desfazer todo esse desespero de voltar
A cada momento no Passado.
Ontem,
Já nem lembro mais
Deixei teu nome escrito
no Passado
Para refazer no Presente
De tudo o que antes não foi possível ser feito.
De tudo o que antes não foi possível ser feito.
Repousa agora sobre ele
essa lápide
Onde escrevi,
Teu nome no Passado.
Teu nome no Passado.
Leonardo de Souza Dutra
Caro Dutra, a metáfora da conjugação de um nome, faz com que a vida seja verbo, ou seja, ação, e espalha a simultaneidade do tempo nesse nome, que não é pronunciado porque, como diria Heidegger, é um entrever, do que ocultamente se mostra, mas para fortalecer o encoberto e manter a projeção do devir. Assim, o quarto verso sintetiza nas aliterações e assonâncias (nas palavras "sonoridade" e "necessidade") o que é apreedido e ao mesmo tempo escapa, e a repetição da palavra "mais" dá a extenção do objeto "nome" integrado ao objeto "mim".
ResponderExcluirAbraço.
passado morto, mesmo que lembre,mas não faz estrago, está morto e lá deve ficar.vlw
ResponderExcluirNobre poetas,
ResponderExcluirCaminhar no pensamento é está no trilhar de cada encontro. E nos desencontros o passado é o próprio presente que se finca em laje sepulcral.
Dutra.