Não
respeitei meus limites
Hoje descamo
no leito
Na dor do
meu deleite
Se vejo o sapatear de amigos distantes
Sobre a
fria laje sepulcral,
É que em
meu nome ainda se retoma o riso.
Mas quando
amargo aqui não te encontrar
Recordo comigo
O que
passamos
E vivemos,
Recordo
ainda o que não pude viver.
- Lastimo,
embraveço, desando -
Se nesse
limite,
Transmigro
no verso a ânsia
De te
encontrar.
Desrespeito
o maior de todos os limites
- A MORTE
-
Não, ainda
não vai me calar
O que
sinto
O que
penso
Mesmo
pesada seja a greda
Que forja
vida
E para ela
Retomar
para o nada.
Quando
calo sou ensurdecedor
Quando
falo suavizo para te entender
Hoje vejo
que sou ilimitável no verso,
Ontem aqui
limitamos.
O que
poderia ter sido intenso
Quem sabe
um dia deseje lastimar
Mas aqui
longe da carne em ossos
Sou
sombra.
Leonardo
de Souza Dutra
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